
Fulano de Tal foi arranjado por um cão. Ao passar por ele na rua, o rafeiro achou que aquela criatura sem dono e indistinta – nem alta nem baixa, nem gorda nem magra, nem quente nem fria –, lhe servia suficientemente bem como provedor de distração e companhia – mais até do que de alimento sólido. E lá foi com ele.
A principio, Fulano de Tal estranhou o animal no seu encalço, barafustou com ele, dirigiu-lhe impropérios vários e acenos menos dignos, mas o cão não quis saber, continuando sempre a segui-lo com uma expressão de enfado, mais ou menos a dizer sim, está bem, como se eu quisesse saber.
Foi o inicio de uma amizade que teve um ou outro momento belo: para o cão, as noites em que dormia sozinho em casa; para Fulano de Tal, a ida à praia, no pino do inverno, apenas eles no areal. Foi tanto assim, que chegou a tirar uma foto, dois em um, que mostrava a toda a gente: a prova que possuía arte e um verdadeiro amigo – sem reparar que a foto, afinal, dizia outra coisa, ao mostrá-lo a seguir um caminho e o cão a direção oposta.
11 comentários:
hehehehe
como eu conheço essa expressão de enfado...
(belo musicol... by the way)
já agora, um pormenor: o cenário para as músicas é arte minha, não vá o Fulano de Tal ficar com o crédito.
:)
o homem e o cão é sempre uma história feliz. (quase sempre)
;)
caso para dizer: mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
Se queres dizer algo não mostres fotos! :)))))))))))
Adorei a história.
Beijinhos
Um caminha num sentido e outro noutro. No entanto, ambos caminham para a frente... (Já deduzia a Mafalda que era por coisas destas que o mundo não avançava...)
Olá!
Só queria dizer-te... olha, nem sei... :P
Pssei para te dar um alô!
Beijos!
Um cabeçalho novo 'do best'!
Isto é de algum barco?
é de um barco que faz o Tejo ao contrário dos outros: em vez de ser norte-sul-norte, é poente-nascente-poente.
Pois :) À semelhança das motivações de cada um para se ligar ao outro...
Fulana da tal vai ali ver o mar e já volta... :)
Apetece-me areia nos pés!
Beijos!!
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